Olá, leitores!
A resenha de hoje é sobre um livro que me atraiu pela capa. Sim, não me orgulho em dizer isso, mas fiquei completa e loucamente apaixonada pela diagramação de Cartas de amor aos mortos, tanto que tive que adiciona-lo a minha estante.
O livro tem uma pegada de "As vantagens de ser invisível", na verdade, vários aspectos da história se assemelham muito a obra. Uma delas é o fato da narrativa ser composta por cartas, no caso, Laurel uma jovem que perdeu sua irmã mais velha direciona essas tais cartas a celebridades que faleceram, mas é claro, narrando seu dia-a-dia e contendo reflexões diárias.
Laurel está prestes a iniciar o ensino médio em outra escola onde os estudantes não soubessem o que havia ocorrido com sua irmã. Inicialmente, a garota acaba ficando um tanto deslocada, é claro, além de seriamente abalada, não apenas por sua perda, mas pelo fato de sua mãe ter a deixado para trás, sem poder suportar a perda da filha, e partido para residir na Califórnia, deixando a garota se revesando entre a residência de seu pai e sua tia, uma cidadã altamente religiosa, mas logo no início da trama a menina faz amizade com Natalie e Hannah, duas alunas de sua nova escola.
Eu gostei do livro, minhas expectativas estavam realmente baixas, porque eu abandonei As vantagens de ser invisível na metade, mas superou minhas expectativas. É um livro bem melancólico, entretanto um drama faz bem a alma às vezes. Como todo livro, é claro que tenho críticas a fazer. Como o fato da protagonista ser muito chata. Odeio protagonistas que vivem as sombras de outros personagens. Um livro narrado por sua irmã seria muito mais interessante no meu ponto de vista. Além de Laurel não ter personalidade, bebe e fuma para se "enturmar", segue o fluxo, odeio personagem influenciada assim como odeio pessoas que fazem de tudo para se sentir "parte da turma". Irritei-me também com a maneira como é representada a cidadã cristã. Amy, a tia da garota, é uma mulher muito religiosa e na trama ela aparece como uma maníaca, alienada que é manipulada por um missionário também cristão que só quer o dinheiro da mulher. As obras e a sociedade em si destorcem a imagem dos seguidores de Jesus Cristo, caracterizando-os como pessoas loucas na qual suas vidas são uma droga. Não é a primeira vez que vi uma imagem desse tipo ser transmitida aos leitores, o que é um absurdo. Eu sou evangélica por exemplo e ei, eu vivo uma vida normal, sabe? Estou longe de ser parecida com a tia Amy ou vigarista como o "homem de Deus" (o missionário affair da tia Amy), muito menos louca como a mãe da Carrie - a estranha.
É um bom livro, a diagramação está lindíssima, a narrativa flui... Mas nada muito OMG, 3 estrelas.