segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O dia em que fui capa da Veja

Olá, leitores!
Como a Bienal do Livro Rio tem início dia 3 de setembro, nós cariocas já estamos fazendo uma contagem regressiva e preparando o terreno para esse evento tão maravilhoso e divertido.  A edição desse ano está de cara nova, mais inovadora e progressista, isso porque o mercado editorial brasileiro está mais voltado para os jovens e é sobre isso que fala a Veja Rio dessa semana, na qual eu estou ilustrando a capa. Sobre essa nova geração de leitores. 


Se você é do Rio de Janeiro, já está em uma banca mais perto de você! Mas se você é de outro estado, não se preocupe, você pode ler a matéria completa aqui

Eu gostaria muito de agradecer a Sofia Cerqueira pela matéria maravilhosa, ao Felipe Fittipaldi por essa foto incrível, a Paula Pimenta, por lembrar de mim, aos meus pais por alimentarem meu vício e a Deus, por tudo. Acho que agora entendi o real sentido da frase "às vezes coisas boas acontecem quando estamos distraídos". 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Jesse's Girl - Miranda Kenneally

Olá, leitores!
Como sabem, nas últimas férias eu estava em Los Angeles e lá, num shopping a céu aberto que visitei, tem uma Barnes and Noble maravilhosa. Quando fui não deu para ficar o tempo que eu queria bisbilhotando aquele paraíso, pois  tinha hora para ir embora e eu ainda precisava conhecer o restante do lugar então dei só uma olhada nos títulos por alto. Li algumas contra-capas e Jesse's Girl me chamou atenção e, para não sair de mãos vazias, comprei. Às vezes, fazemos boas escolhas na vida. Ter comprado Jesses's Girl é uma delas.  


Nos Estados Unidos existe um dia no qual alunos do ensino médio realizam o "Shadow Day" que corresponde à, basicamente, acompanhar a rotina de um profissional da área que você pretende trabalhar. Só que, geralmente, se você alega que quer ser "jogador da NBA", por exemplo, te colocam para seguir o gerente da Centauro durante um expediente. Não necessariamente se você pretende ser música vão te encaminhar para um dia com um astro do country, mas, felizmente, é isso que acontece com Maya, nossa personagem. A garota não faz a menor ideia que o queridinho da Billboard e de todas as adolescentes, Jesse, é sobrinho do diretor da escola em que ela estuda, possibilitando-a assim de aprender com alguém lindo e que está nesse mercado a anos. 
Eu estou perdidamente, completamente e loucamente apaixonada por esse livro. As editoras brasileiras não sabem o que estão perdendo não o adotando. Esse livro foi tudo e mais um pouco do que eu esperava de Teen Idol, que acabou não correspondendo tanto as minhas expectativas. 
A narrativa de Miranda é uma delícia de ler, a história é uma fofura e os personagens são extremamente viciantes. Confesso que não consegui imaginar o Jesse com chapéis de cowboy, na minha cabeça estava mais para Justin Bieber cantando músicas como "Ho Hey", mas isso não vem ao caso. 
Não é um livro tocante, na verdade, é um romance que muitos diriam ser clichê, mas o fato é que não consegui me desgrudar do livro. Comecei a ler só para ver qual era e não consegui largar até a página final. Em termos técnicos, não é nada demais. Em termos emocionais, ganhou meu coração. Me encantei com Maya e Jesse (que já poderia ser vendido da OLX para mim) e, sinceramente, entre tantos outros, fico feliz desse título ter chegado em minhas mãos. 
Outro ponto que eu reparei é que a cada livro em inglês que você lê, mas fácil a leitura vai se tornando. Você se familiariza com algumas expressões usadas e com isso a leitura torna-se mais rápida, além de aumentar seu vocabulário. Pois, você não vai lembrar de todas as palavras aprendidas se não as lê-la com frequência. Por isso defendo que vale muito a pena sair da zona de conforto dos livros traduzidos e das aulas de inglês. 
(I wish that I had Jesse's Girl. 
Tailgatting)
   

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Wonderful World

Chega o esperado dia da viagem. Passaporte em mãos, assim como o coração. Você entra sozinha naquela movimentada sala de embarque de uma quinta-feira. Estranhos passam de um lado para o outro. E você está lá, sozinha. Às vezes você questiona se é realmente capaz. E você é, então levanta a cabeça e caminha até o avião. Você sabe que está no lugar certo, seus sonhos sempre te levavam até ali. 
Você chega ao destino. Um lugar diferente com novas pessoas. Todos ali, abertos para quem quiser se aproximar, estão com o mesmo intuito, fazer amizades. Algo que acontece rápido, pois somos seres humanos e temos essa necessidade de transformar o desconhecido em familiar. Vocês trocam as primeiras palavras, logo é como se já se conhecessem a anos. Então, você descobre que a adolescência é a mesma em todos os 4 cantos da Terra. Seja em São Paulo ou Tel Aviv, somos jovens e vamos chorar por coisas fúteis, rir de palhaçadas e cantar músicas em ônibus escolares. As diferenças culturais não parecem mais tão expressivas assim. Na verdade, tornam-se maravilhosas. Ali, jogando cartas com um americano, um israelita e uma russa você percebe que nunca teria tido essa experiência de explorar novas visões de mundo se não tivesse se jogado no desconhecido. O mundo passa a ser pequeno e você se depara com uma real necessidade de conhecer todos os lugares desse planeta maravilhoso que vivemos. Pensa em todas as pessoas incríveis espalhadas pelo globo, prontas para conquistar um espaço em seu coração e que talvez nunca vá conhecê-las se não sair da caixinha que é aquela sua vida espalhada por poucas ruas de uma cidade que quando o avião decolou e percebeu quão imensa é sua insignificância. 
Então chega a hora de voltar para casa. E quando você desce do avião, é como se seu balãozinho estourasse. As esquinas que antes eram todas novidade voltam a ser as repetidas. Você vê que as coisas por aqui continuam do jeitinho que você as deixou. Mas alguma coisa mudou além da estação, você. Que definitivamente não é a garota que entrou insegura pela primeira vez naquela sala de embarque. Agora tem a certeza de que sua antiga vida sempre estará lá, de braços abertos assim como o Cristo Redentor para a baía de Guanabara. Mas o mundo? Está te esperando lá fora e a sede por ele cala sua saudade de casa. Você está se readaptando, mas uma coisinha ainda martela seu peito, a saudade. Aquele mundo que antes parecia tão pequeno torna-se intimidador e frio quando oceanos de separam de quem você aprendeu a amar. Obrigada, tecnologia! Mas ainda sim é difícil trocar risadas genuínas por HAHAHA no whatsapp.  O fuso horário se torna seu pior inimigo e a sensação de impotência quanto a essa dor fina e cortante em seu peito, também. As melhores pessoas moram longe e talvez isso que faz delas tão especiais. Te conforta saber que pelo menos teve a oportunidade de conhecê-las e, se tivesse escolha, não as apagaria da memória para curar essa ferida. Os dias que passaram juntos já foram suficientes para tornar-se eternos. E o termo internacional passa a ter um novo sentido para você. Não importa qual alfabeto usamos, qual religião seguimos, a qual nação pertencemos, temos um coração e, às vezes, entregamos ele a pessoas, a lugares e a momentos. Em minha bagagem trouxe alguns corações. Distribui o meu também, porque nesse imenso labirinto que é a vida, esbarramos em pessoas valem a pena. Mesmo que não sejam daqui. Mesmo que sejam lá de longe. Nos vemos um dia, amigos. Isso não é um adeus, é um até logo. 
Madrugada de segunda, 10 de agosto de 2015 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Intercâmbio com a Paula Pimenta


Olá, leitores!
No dia 11 de Julho, embarquei com a Paula Pimenta e outras 15 meninas para Los Angeles, na Califórnia. Foi a melhor experiência da minha vida e, claro, não poderia deixar de compartilhar com vocês. 
Fizemos um Summer Camp, ou seja, ficamos quinze dias em uma universidade, a Califórnia State University, tendo aulas de inglês durante a manhã, conhecendo a cidade na parte da tarde e realizando atividades no campus à noite. No nosso programa, tinham mais quatro grupos de outros países, da Itália, da Rússia, de Israel e da Turquia. 
As classes eram divididas entre básico, intermediário e avançado. Eu comecei no intermediário, que era uma chatice, e logo depois fui para o avançado que era mais divertido. Não aprendi muito gramática, pois se estávamos no avançado era porque falávamos  fluentemente então não tinha essa necessidade, mas trabalhamos com o sotaque e vocabulário, além de todo dia a gente ter que sentar com alguém de outra nacionalidade e trocar uma ideia antes da aula (não que a gente precisasse da aula para isso, pois a gente socializava muito com eles fora da classe, mas era legal para conhecer pessoas que nunca tínhamos notado antes). Sinto falta da aula do Nick toda vez que entro na minha sala de aula da escola do Brasil e não tem todos aqueles hot guys.
Nesses quinze dias conhecemos Santa Mônica, Venice Beach, a Disneyland, a Universal Studios, Hollywood, Beverly Hills, fomos em três shoppings, sendo um deles o The Grove, visitamos a Warner Bros e a Columbia College onde a Fani trabalhou e estudou, fomos àquele restaurante mexicano, Don Cuco's, que aparece nos livros, na rua dela... Tudo isso com a autora daquela série maravilhosa do lado. A Paula nos acompanhava apenas nos passeios.
Foi sem dúvida a melhor experiência da minha vida. Eu não sou a mesma menina que entrou insegura naquela sala de embarque. Voltei com as malas e o coração na mão, decidida do que eu quero para minha vida. Eu quero ganhar o mundo, conhecer culturas, pessoas e lugares. Posso lidar com a tão dura saudade. Minha vida sempre estará aqui de braços abertos para me acolher. Mas o mundo? Ele está me esperando lá fora.
Nessa viagem aprendi não só inglês, mas lições de vida. Aprendi como o mundo é pequeno, as diferenças culturais podem ser fantásticas e, às vezes, nem tão grandes assim, já que a adolescência é a mesma seja em Tel Aviv ou em Vladivostok. Do Oiapoque ao Chuí compartilhamos dos mesmos receios, inseguranças e séries de tv. Somos jovens, falhos, inconsequentes e divertidos não importa nossa nacionalidade. Aprendi a ter mais independência e que a sede pelo mundo fala mais alto que a saudade de casa.
Quando você está fora da sua zona de conforto, você tende a criar vínculos maiores com as pessoas, já que temos disso mesmo, essa capacidade de tornar ambientes diferentes em familiares e quando todo mundo está nessa situação, tudo fica muito mais intenso. Nessas duas semanas que estava em Los Angeles, conheci pessoas maravilhosas nas quais gostaria de colocar num potinho e trancar na minha gaveta e essa talvez seja a parte dura de dessa experiência. Ter que deixar pessoas para trás. De repente aquele mundo que parecia estar na palma da sua mão se torna intimidador quando oceanos te separam das pessoas que você aprendeu a amar. Saudade passa a doer quando você sabe que não as verão pelo menos em um futuro próximo. Obrigada, tecnologia, tudo fica muito mais fácil com você. Mas ainda sim é difícil trocar  as risadas genuínas por HAHAHA no Whatsapp. Mas vamos seguindo nossa vida, porque é isso que sempre temos que fazer. Seguir em frente.
De repente, você desce do avião na sua cidade natal. De volta ao lar. Parece que seu balão estoura, em um segundo cada flash era uma novidade e em outro você está de volta para as mesmas pessoas, para aquela mesma vida. Mas algo mudou além da estação, você.
São 3 de la mananã (piada interna) e eu estou aqui quase chorando escrevendo esse texto. Me pareceu certo colocar tudo isso para fora. Eu acho que todos vocês devem ir para o exterior sozinhos pelo menos uma vez para ter essa experiência. O programa que eu fiz foi curtinho, mas serviu para dar confiança aos meus pais que já estão super empolgados de financiar uma viagem maior agora. Além de que eu achei o ideal para a idade que eu estou.
Ano que vem, o intercâmbio com a Paula Pimenta tudo indica que seja em Toronto, então se vocês estão interessados entrem em contato com a Pop Villa ou com a própria Intervip. Qualquer dúvida sobre o programa, podem me chamar também, já garantindo que vale super a pena.

Intervip: http://www.intervip.tur.br/intervip/
Pop Villa: http://www.thepopvilla.com/