domingo, 13 de setembro de 2015

O segredo de Emma Corrigan - Sophie Kinsella

Olá, leitores! 
A resenha de hoje é sobre um livro que comprei na primeira sexta feira Bienal do Livro. Queria escrever esse post depois do sobre minha experiência bienática (?), mas meus dedinhos estavam coçando para dividir minha opinião sobre a obra da Sophie, para que vocês não percam o tempo que eu perdi para conhecer essa autora maravilhosa. 


Emma Corrigan tem segredinhos bobos, daqueles que todos nós temos. Eles vão desde seu peso à suco de laranja na planta da chefe, mas o que ela não esperava é que tê-los revelado à um completo estranho quando entrou em pânico, devido a uma forte turbulência em um avião, fosse mudar sua vida até que Jack Harper, a lenda do marketing e o fundador da companhia onde trabalha, vai visitar a sede de sua empresa em Londres e então as coisas começam a ficar interessantes. Afinal, não é todo dia que seu chefe sabe de tudo sobre a sua vida, inclusive que você dá escapadas para o Starbucks no horário do serviço e pequenos detalhes diários como esse.
"O segredo de Emma Corrigan" foi meu primeiro livro lido dessa autora e não poderia ter me deixado uma melhor impressão. Foram momentos maravilhosos na companhia de Emma e Jack! Fiquei apaixonada pela personalidade de Emma e pela humildade de Jack (<3).
Confesso que quando me falaram de um tal livro engraçadíssimo escrito por uma britânica não levei fé na parte da comédia, mas me peguei gargalhando e paguei a língua. 
Sophie não é a rainha do click-lit em vão. Sua narrativa é simples, leve e envolvente. Eu devorei os capítulos e senti uma fina saudade quando cheguei ao fim. A única coisa que me conforta é que a Sophie tem vários livros publicados e posso matar a saudade de sua escrita a cada título. Recomendo para todos, mas é leitura obrigatória para os fãs de livros de mulherzinha. Dei cinco estrelas, mas gostaria de dar toda a via láctea. A tempos um livro me surpreendia tão positivamente. 
A história me lembrou um pouco "Azar o seu" da Carol Sabar, uma de minhas autoras nacionais prediletas, por mais que não tenha muita coisa a ver tirando o pontapé inicial da estória. 
Acho muito difícil resenhar livros que amei, porque a resenha nunca faz jus a obra, mas eu realmente espero ter empolgado vocês. Não percam todo esse tempo que perdi sem as palavras da Kinsella.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Um ano inesquecível - Pimenta, Dewet, Vieira e Rebouças

Olá, leitores!
Estava ansiosa por esse livro desde que divulgaram a coautoria entre essas autoras tão talentosas da literatura brasileira. Um ano inesquecível é composto por  quatro contos, cada um passado em uma estação do ano, escrito pelo quarteto fantástico Paula Pimenta, Babi Dewet, Bruna Vieira e Thalita Rebouças. É muito amor para 400 páginas. <3

Um ano inesquecível

  • Enquanto a neve cair (Paula Pimenta)
O inverno de Paula Pimenta é abordado no frio de Vale Nevado, Chile. Mabel foi praticamente arrastada para uma viagem em família quando o que mais queria era estar no Brasil. O que a garota não sabe é que essa semana nas terras geladas da América do Sul será capaz de aquecer seu coração. 
É marmelada escrever essa resenha quando esse conto foi escrito no período que a autora estava viajando comigo. Vocês já sabem minha opinião, tudo que a Paula publica é maravilhoso e essa história não foi diferente. 
Já simpatizei com a protagonista pelo fato de ser baixinha e é simplesmente sensacional como a autora conseguiu transformar uma viagem em família numa experiência romântica. Essa Paulets só nos ilude. Não dá com ela, não. Sem dúvidas, "Enquanto a neve cair" é o melhor conto do livro.

  • O som dos sentimentos (Babi Dewet)
Babi nos traz um outono chuvoso das vidas de João Paulo e Anna Julia, tendo como cenário a Avenida Paulista. Ela, uma jovem da elite paulistana que teve a vida inteira controlada pelos pais. Ele, deixou Minas Gerais para perseguir seu sonho na capital, estudar música. E, como dizem por ai, "where words fail music speaks". 
É um bom conto, não posso negar. Nada demais, porém. A narrativa da Babi é maravilhosa, mas algo na história não me conquistou. Talvez a falta de uma problemática. Ou quem sabe a falta de sal nos personagens. 
Eu acho a Babi uma escritora e tanto, mas confesso que esperava mais. Talvez eu tenha depositado muita expectativa. Talvez, mas mesmo assim o conto está longe de ser ruim.

  • A matemática das flores (Bruna Vieira) 
A primavera de Bruna Viera se passa no último bimestre do terceirão. Jasmine está segurando a lanterna e precisando de nota para terminar o segundo grau. Até que a morena de cabelos cacheados é obrigada a ter aulas particulares com um dos alunos da faculdade de engenharia. O que acaba não sendo tão entediante como a garota previa. 
Esse conto foi o extremo oposto da Babi. Eu não esperava nada e me surpreendeu de uma forma muito positiva. Como vocês devem saber, eu não gostei muito da pegada da Bruna para os romances em sua trilogia, mas sua escrita evoluiu muito nesse livro. É clichê, mas daqueles que você gosta de ler. Não foi o melhor conto do livro, mas Jasmine foi uma boa companhia nas horas que passei ao seu lado. Aliás, sua opinião sobre matemática me representa. E muito. 
  • Amor de carnaval (Thalita Rebouças)
Carnaval do Rio de Janeiro. Três amigas. Subcelebridades. Traições. Romance. Sapucaí. 
A Thalita arrasou! Eu não sou de rir com livros, mas eu gargalhei com esse conto. Não esperava muito, pois detesto Carnaval, mas o romance foi muito bem desenvolvido e eu me peguei querendo que o conto fosse estendido. Definitivamente, "Amor de Carnaval" e "Enquanto a neve cair" foram os melhores contos do livro. Eu inclusive acho que deveriam ser estendidos. Cem páginas é muito pouco para expressar meu amor por Guima e Ben.




quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Por favor, matem a matemática

Nunca fui a melhor aluna da minha classe. Não por não ser boa o suficiente, mas por não limitar meus pensamentos a meia dúzia de fórmulas. O x e a tangente nunca realmente fizeram sentido. Sempre fui de humanas, mesmo quando não sabia o que era isso. Quando a  tia pedia para Mariazinha dar balas para Joãozinho e depois tomar algumas de volta eu não queria calcular com quantas balas Joãozinho ficou, eu queria entender o porquê de Mariazinha ter tomado-as de volta e travar um diálogo emocionante a nível de jardim de infância. Ocorre que ninguém nunca reconhece os de humanas como inteligentes, ou, pelo menos, não no Ensino Médio. Quando você gabarita uma prova de álgebra é um crânio, já uma de geografia-política, é malandro, ou, ao menos, bom de enrolar. Somos incompreendidos. Não somos enroladores e sim bem articulados. Conseguimos desenvolver um texto, usar as palavras ao nosso favor. Mesmo com toda a glória dos matemáticos, não trocaria minhas palavras por número algum. 
Amo essa bipolaridade das letras, como mesmas histórias podem ser contadas de tantas diferentes maneiras. A forma como não tem certo nem errado e por isso não limita nossos pensamentos a caixinha que o atual sistema de educação nos impõe. O fato de termos conteúdo e uma boa conversa. Afinal, ninguém encontra o x no jantar.
Gosto de pensar que nunca saberemos o que realmente aconteceu com os personagens da História. Até por quê, em Humanas, lidamos com gente-(famosa)-como-a-gente, que levam segredos ao túmulo e a informação chega a nós num grande telefone sem fio, não é possível que em todos esses milênios não tenha sido nem sequer um pouquinho adulterada. Tive esse pensamento maluco quando imaginei Vargas contando sua versão do que realmente aconteceu no Estado Novo. Já que possuem diversas interpretações da pessoa dele. Para meu professor, um ditador. Para muitos o pai da nação. Mas quem seria ele na intimidade, fora dos textos do capítulo 7?  Eu nunca saberei. Mas gosto de imaginar. Pois é isso que nós, jovens, fazemos.
A padronização feita pela escola é errada. Cada um tem uma forma de desenvolvimento cognitivo. O mundo evoluiu. A sociedade mudou, mas o sistema arcaico de educação se perpetua. O pensamento "pra que eu quero saber disso?" é cada vez mais frequente. Simplesmente não posso aceitar um jovem saindo de uma instituição de ensino sabendo encontrar o delta como ninguém, mas não ter ideia da função de um senador. Talvez essa seja a razão de vermos tantas pessoas que possuem acesso a educação alienadas. É que sua mente simplesmente não foi preenchida do que realmente lhe trará conteúdo e cultura. Precisamos de uma revolução na educação. Uma revolução.
Por favor, alguém mate a matemática. Ou, pelo menos. me ensine funções. Esse texto foi escrito na madrugada antes da prova de recuperação? Provavelmente.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

O dia em que fui capa da Veja

Olá, leitores!
Como a Bienal do Livro Rio tem início dia 3 de setembro, nós cariocas já estamos fazendo uma contagem regressiva e preparando o terreno para esse evento tão maravilhoso e divertido.  A edição desse ano está de cara nova, mais inovadora e progressista, isso porque o mercado editorial brasileiro está mais voltado para os jovens e é sobre isso que fala a Veja Rio dessa semana, na qual eu estou ilustrando a capa. Sobre essa nova geração de leitores. 


Se você é do Rio de Janeiro, já está em uma banca mais perto de você! Mas se você é de outro estado, não se preocupe, você pode ler a matéria completa aqui

Eu gostaria muito de agradecer a Sofia Cerqueira pela matéria maravilhosa, ao Felipe Fittipaldi por essa foto incrível, a Paula Pimenta, por lembrar de mim, aos meus pais por alimentarem meu vício e a Deus, por tudo. Acho que agora entendi o real sentido da frase "às vezes coisas boas acontecem quando estamos distraídos". 

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Jesse's Girl - Miranda Kenneally

Olá, leitores!
Como sabem, nas últimas férias eu estava em Los Angeles e lá, num shopping a céu aberto que visitei, tem uma Barnes and Noble maravilhosa. Quando fui não deu para ficar o tempo que eu queria bisbilhotando aquele paraíso, pois  tinha hora para ir embora e eu ainda precisava conhecer o restante do lugar então dei só uma olhada nos títulos por alto. Li algumas contra-capas e Jesse's Girl me chamou atenção e, para não sair de mãos vazias, comprei. Às vezes, fazemos boas escolhas na vida. Ter comprado Jesses's Girl é uma delas.  


Nos Estados Unidos existe um dia no qual alunos do ensino médio realizam o "Shadow Day" que corresponde à, basicamente, acompanhar a rotina de um profissional da área que você pretende trabalhar. Só que, geralmente, se você alega que quer ser "jogador da NBA", por exemplo, te colocam para seguir o gerente da Centauro durante um expediente. Não necessariamente se você pretende ser música vão te encaminhar para um dia com um astro do country, mas, felizmente, é isso que acontece com Maya, nossa personagem. A garota não faz a menor ideia que o queridinho da Billboard e de todas as adolescentes, Jesse, é sobrinho do diretor da escola em que ela estuda, possibilitando-a assim de aprender com alguém lindo e que está nesse mercado a anos. 
Eu estou perdidamente, completamente e loucamente apaixonada por esse livro. As editoras brasileiras não sabem o que estão perdendo não o adotando. Esse livro foi tudo e mais um pouco do que eu esperava de Teen Idol, que acabou não correspondendo tanto as minhas expectativas. 
A narrativa de Miranda é uma delícia de ler, a história é uma fofura e os personagens são extremamente viciantes. Confesso que não consegui imaginar o Jesse com chapéis de cowboy, na minha cabeça estava mais para Justin Bieber cantando músicas como "Ho Hey", mas isso não vem ao caso. 
Não é um livro tocante, na verdade, é um romance que muitos diriam ser clichê, mas o fato é que não consegui me desgrudar do livro. Comecei a ler só para ver qual era e não consegui largar até a página final. Em termos técnicos, não é nada demais. Em termos emocionais, ganhou meu coração. Me encantei com Maya e Jesse (que já poderia ser vendido da OLX para mim) e, sinceramente, entre tantos outros, fico feliz desse título ter chegado em minhas mãos. 
Outro ponto que eu reparei é que a cada livro em inglês que você lê, mas fácil a leitura vai se tornando. Você se familiariza com algumas expressões usadas e com isso a leitura torna-se mais rápida, além de aumentar seu vocabulário. Pois, você não vai lembrar de todas as palavras aprendidas se não as lê-la com frequência. Por isso defendo que vale muito a pena sair da zona de conforto dos livros traduzidos e das aulas de inglês. 
(I wish that I had Jesse's Girl. 
Tailgatting)
   

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Wonderful World

Chega o esperado dia da viagem. Passaporte em mãos, assim como o coração. Você entra sozinha naquela movimentada sala de embarque de uma quinta-feira. Estranhos passam de um lado para o outro. E você está lá, sozinha. Às vezes você questiona se é realmente capaz. E você é, então levanta a cabeça e caminha até o avião. Você sabe que está no lugar certo, seus sonhos sempre te levavam até ali. 
Você chega ao destino. Um lugar diferente com novas pessoas. Todos ali, abertos para quem quiser se aproximar, estão com o mesmo intuito, fazer amizades. Algo que acontece rápido, pois somos seres humanos e temos essa necessidade de transformar o desconhecido em familiar. Vocês trocam as primeiras palavras, logo é como se já se conhecessem a anos. Então, você descobre que a adolescência é a mesma em todos os 4 cantos da Terra. Seja em São Paulo ou Tel Aviv, somos jovens e vamos chorar por coisas fúteis, rir de palhaçadas e cantar músicas em ônibus escolares. As diferenças culturais não parecem mais tão expressivas assim. Na verdade, tornam-se maravilhosas. Ali, jogando cartas com um americano, um israelita e uma russa você percebe que nunca teria tido essa experiência de explorar novas visões de mundo se não tivesse se jogado no desconhecido. O mundo passa a ser pequeno e você se depara com uma real necessidade de conhecer todos os lugares desse planeta maravilhoso que vivemos. Pensa em todas as pessoas incríveis espalhadas pelo globo, prontas para conquistar um espaço em seu coração e que talvez nunca vá conhecê-las se não sair da caixinha que é aquela sua vida espalhada por poucas ruas de uma cidade que quando o avião decolou e percebeu quão imensa é sua insignificância. 
Então chega a hora de voltar para casa. E quando você desce do avião, é como se seu balãozinho estourasse. As esquinas que antes eram todas novidade voltam a ser as repetidas. Você vê que as coisas por aqui continuam do jeitinho que você as deixou. Mas alguma coisa mudou além da estação, você. Que definitivamente não é a garota que entrou insegura pela primeira vez naquela sala de embarque. Agora tem a certeza de que sua antiga vida sempre estará lá, de braços abertos assim como o Cristo Redentor para a baía de Guanabara. Mas o mundo? Está te esperando lá fora e a sede por ele cala sua saudade de casa. Você está se readaptando, mas uma coisinha ainda martela seu peito, a saudade. Aquele mundo que antes parecia tão pequeno torna-se intimidador e frio quando oceanos de separam de quem você aprendeu a amar. Obrigada, tecnologia! Mas ainda sim é difícil trocar risadas genuínas por HAHAHA no whatsapp.  O fuso horário se torna seu pior inimigo e a sensação de impotência quanto a essa dor fina e cortante em seu peito, também. As melhores pessoas moram longe e talvez isso que faz delas tão especiais. Te conforta saber que pelo menos teve a oportunidade de conhecê-las e, se tivesse escolha, não as apagaria da memória para curar essa ferida. Os dias que passaram juntos já foram suficientes para tornar-se eternos. E o termo internacional passa a ter um novo sentido para você. Não importa qual alfabeto usamos, qual religião seguimos, a qual nação pertencemos, temos um coração e, às vezes, entregamos ele a pessoas, a lugares e a momentos. Em minha bagagem trouxe alguns corações. Distribui o meu também, porque nesse imenso labirinto que é a vida, esbarramos em pessoas valem a pena. Mesmo que não sejam daqui. Mesmo que sejam lá de longe. Nos vemos um dia, amigos. Isso não é um adeus, é um até logo. 
Madrugada de segunda, 10 de agosto de 2015 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Intercâmbio com a Paula Pimenta


Olá, leitores!
No dia 11 de Julho, embarquei com a Paula Pimenta e outras 15 meninas para Los Angeles, na Califórnia. Foi a melhor experiência da minha vida e, claro, não poderia deixar de compartilhar com vocês. 
Fizemos um Summer Camp, ou seja, ficamos quinze dias em uma universidade, a Califórnia State University, tendo aulas de inglês durante a manhã, conhecendo a cidade na parte da tarde e realizando atividades no campus à noite. No nosso programa, tinham mais quatro grupos de outros países, da Itália, da Rússia, de Israel e da Turquia. 
As classes eram divididas entre básico, intermediário e avançado. Eu comecei no intermediário, que era uma chatice, e logo depois fui para o avançado que era mais divertido. Não aprendi muito gramática, pois se estávamos no avançado era porque falávamos  fluentemente então não tinha essa necessidade, mas trabalhamos com o sotaque e vocabulário, além de todo dia a gente ter que sentar com alguém de outra nacionalidade e trocar uma ideia antes da aula (não que a gente precisasse da aula para isso, pois a gente socializava muito com eles fora da classe, mas era legal para conhecer pessoas que nunca tínhamos notado antes). Sinto falta da aula do Nick toda vez que entro na minha sala de aula da escola do Brasil e não tem todos aqueles hot guys.
Nesses quinze dias conhecemos Santa Mônica, Venice Beach, a Disneyland, a Universal Studios, Hollywood, Beverly Hills, fomos em três shoppings, sendo um deles o The Grove, visitamos a Warner Bros e a Columbia College onde a Fani trabalhou e estudou, fomos àquele restaurante mexicano, Don Cuco's, que aparece nos livros, na rua dela... Tudo isso com a autora daquela série maravilhosa do lado. A Paula nos acompanhava apenas nos passeios.
Foi sem dúvida a melhor experiência da minha vida. Eu não sou a mesma menina que entrou insegura naquela sala de embarque. Voltei com as malas e o coração na mão, decidida do que eu quero para minha vida. Eu quero ganhar o mundo, conhecer culturas, pessoas e lugares. Posso lidar com a tão dura saudade. Minha vida sempre estará aqui de braços abertos para me acolher. Mas o mundo? Ele está me esperando lá fora.
Nessa viagem aprendi não só inglês, mas lições de vida. Aprendi como o mundo é pequeno, as diferenças culturais podem ser fantásticas e, às vezes, nem tão grandes assim, já que a adolescência é a mesma seja em Tel Aviv ou em Vladivostok. Do Oiapoque ao Chuí compartilhamos dos mesmos receios, inseguranças e séries de tv. Somos jovens, falhos, inconsequentes e divertidos não importa nossa nacionalidade. Aprendi a ter mais independência e que a sede pelo mundo fala mais alto que a saudade de casa.
Quando você está fora da sua zona de conforto, você tende a criar vínculos maiores com as pessoas, já que temos disso mesmo, essa capacidade de tornar ambientes diferentes em familiares e quando todo mundo está nessa situação, tudo fica muito mais intenso. Nessas duas semanas que estava em Los Angeles, conheci pessoas maravilhosas nas quais gostaria de colocar num potinho e trancar na minha gaveta e essa talvez seja a parte dura de dessa experiência. Ter que deixar pessoas para trás. De repente aquele mundo que parecia estar na palma da sua mão se torna intimidador quando oceanos te separam das pessoas que você aprendeu a amar. Saudade passa a doer quando você sabe que não as verão pelo menos em um futuro próximo. Obrigada, tecnologia, tudo fica muito mais fácil com você. Mas ainda sim é difícil trocar  as risadas genuínas por HAHAHA no Whatsapp. Mas vamos seguindo nossa vida, porque é isso que sempre temos que fazer. Seguir em frente.
De repente, você desce do avião na sua cidade natal. De volta ao lar. Parece que seu balão estoura, em um segundo cada flash era uma novidade e em outro você está de volta para as mesmas pessoas, para aquela mesma vida. Mas algo mudou além da estação, você.
São 3 de la mananã (piada interna) e eu estou aqui quase chorando escrevendo esse texto. Me pareceu certo colocar tudo isso para fora. Eu acho que todos vocês devem ir para o exterior sozinhos pelo menos uma vez para ter essa experiência. O programa que eu fiz foi curtinho, mas serviu para dar confiança aos meus pais que já estão super empolgados de financiar uma viagem maior agora. Além de que eu achei o ideal para a idade que eu estou.
Ano que vem, o intercâmbio com a Paula Pimenta tudo indica que seja em Toronto, então se vocês estão interessados entrem em contato com a Pop Villa ou com a própria Intervip. Qualquer dúvida sobre o programa, podem me chamar também, já garantindo que vale super a pena.

Intervip: http://www.intervip.tur.br/intervip/
Pop Villa: http://www.thepopvilla.com/

sexta-feira, 26 de junho de 2015

The List - Siobhan Vivian

Olá, leitores!
Esses dias terminei um livro que comprei quando fui para Nova York, eu já tinha me interessado pela premissa que li no site da autora e quando encontrei aquele livro ali, ao vivo, na minha frente não resisti e comprei, chama-se "The List" que seria "A Lista" em português e é da Siobhan Vivian, a autora da série Burn to Burn, que eu simplesmente amo. Ainda não lançou no Brasil e acho que não tem previsão, mas quem publica a Siobhan Vivian por aqui é a Editora Novo Conceito. O livro também teve os direitos vendidos para a MTV para uma adaptação televisiva. Uma série de TV. Uma série de TV sobre The List. Meu forninho se encontra no chão.   


"Isso acontece todo ano antes do homecoming - a lista é espalhada por toda a escola. Duas garotas de cada série são escolhidas. Uma é nomeada a mais bela, uma a mais feia. As garotas que não são escolhidas são rapidamente esquecidas. As que são tornam-se o centro das atenções, e cada uma delas reage de uma maneira diferente diante à experiência. 
A felicidade de Abby por ter sido nomeada a mais bonita é rapidamente nublada pelo ressentimento de sua irmã. 
Danielle está preocupada com a maneira que seu namorado lidará com a notícia. 
Lauren foi educada em casa e foi cegada por sua popularidade instantânea. 
Candace não é feia, nem um pouco, isso só pode ser um erro. 
Bridget sabe que sua transformação do verão não foi algo para ser celebrado. 
Sarah sempre foi contra os tradicionais padrões de beleza e ela decide elevar isso à um outro nível.
Margo e Jennifer, ex melhores amigas que não se falam a anos, são forçadas a confrontar o porque da amizade ter terminado. 
Com "The List" Siobhan Vivian habilmente te transporta para a vida de oito diferentes meninas lutando com problemas de identidade, auto-estima e julgamentos da sociedade. Sendo a mais bonita ou a mais feia, uma vez que você está na lista, você nunca será a mesma."
Eu gosto muito dessa autora e esse livro só serviu para essa admiração crescer. Acho que assim como a Paula Pimenta consegue transmitir a imagem do adolescente brasileiro para as páginas, o mesmo acontece com a Siobhan só que com a cultura americana. E justamente por essa diferença cultural que esse tipo de livro não faz tanto sucesso assim em terras brasileiras. Mas eu, particularmente, amo fazer um intercâmbio particular por meio da leitura. 
A escrita da autora é incrível. Cada personagem tem uma individualidade, histórias envolventes e quando você percebe você terminou o livro todo. 
Não é nada muito marcante, mas vale a pena a leitura. A única história que eu achei fraquinha foi a da Bridget, que inclusive trata de um tema forte. A minha personagem preferida é a Margo (sou clichê, superem) e achei a sua trama interligada com a da Jennifer sensacional. O autor da lista só é revelado no fim do livro e é bem surpreendente, na verdade fiquei encantada com o final. Achei super digno.
Recomendo muito a leitura, se você está exercitando a língua como eu recomendo duas vezes, pois é uma obra perfeita para isso. Possui capítulos curtos, texto fácil de compreensão (a maioria do livro é no Simple Present) e é divertidíssimo.

domingo, 31 de maio de 2015

A herdeira - Kiera Cass

  
Olá, leitores!
Todos sabem que sou uma completa fã de A Seleção, por isso não tinha como eu não pular de alegria quando descobri que teria uma "continuação" desse universo magnífico de Illéa. Eu estava com expectativas altíssimas e é uma pena que o livro não tenha correspondido a elas.


Anos após o fim das castas, a população ainda sente o reflexo delas, a monarquia está ameaçada por grupos extremistas e a família real já não sabe mais o que fazer. Até que uma ideia surge. Uma nova seleção. Trinta e cinco pretendentes lutando pelo coração de Eadllyn, a filha mais velha do rei Maxon e da rainha America. 
Eadllyn, primeiramente, não enxerga a Seleção como uma oportunidade de conhecer o amor de sua vida, sim, uma estratégia governamental, por isso, aceita fazer parte disso. O que ela não esperava era conhecer jovens tão bacanas - outros nem tanto - e parece que a princesa, que antes considerava o amor uma fraqueza, pode enfim se apaixonar. 
Eu me decepcionei terrivelmente com o livro. Primeiramente, gostaria de desabafar: Que garota chata essa Eadllyn. Prepotente, soberba, mimada, fútil, metida... Ok, a intenção era ela ser assim, mas eu não achei interessante ler sobre ela, estar na mente dela, nem entendi como uma pessoa dessas pode ser filha da America. Falando em America, outro desapontamento, ela perdeu toda a essência. Não é mais a America que conhecemos nos livros anteriores. 
O motivo pelos quais os extremistas odeiam o governo é raso, não tem ação na história, muito menos romance. não senti química da protagonista com personagem algum. Nem o final que teve um cliffhanger absurdo conseguiu me envolver após quase 400 páginas desastrosas. 
Fico triste em confessar que preferia que The Selection tivesse terminado no livro anterior mesmo, parece que a autora em "A herdeira" não se importou com a qualidade do livro. 
Não estou ansiosa pelo segundo, mas como eu adoro fazer papel de trouxa devo comprar, porque a esperança é a última que morre. Afinal, "Cidade dos anjos caídos" a continuação do suposto final de Os instrumentos mortais foi péssima. Cidade das almas perdidas foi maneiro. Talvez os livros imitem a vida afinal de contas, dias de luta, dias de glória.  

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Promoção 1 ano Leio na Rede

Olá, leitores!
O blog de uma grande amiga está completando 1 aninho, por isso estamos fazendo uma promoção para comemorar e você está convidado para essa festa! Yay! Parabéns, Leio na Rede!

Leio na Rede, Gaby Monteiro

Regulamento:

Seguir as regras obrigatórias do rafflecopter;
Os ganhadores terão até 48 horas para responder o contato que será feito por email. Caso contrário o sorteio será realizado novamente; 
O envio será de responsabilidade do blog e será feito em até 40 dias;
Nenhum dos blogs se responsabiliza pelo extravio dos prêmios ou endereço errado;
Na opção "Visit" a página, você deve CURTIR a página para realmente validar a participação;
É obrigatório residir em território brasileiro;
                                                                                                             

Prêmios:

Kit 1 - Colin Fischer e Eu fico loko - Diário Digital da Duda | Para onde ela foi - Folheando minha vida | Elena, a filha da princesa (autografado) - Leio na Rede
Kit 2 - De olhos fechados | Um amor, um café e Nova York | Triângulo de 4 lados - Editora D'Plácido 
Kit 3 - Um gato de rua chamado Bob - Livros y Viagens | Princesa Adormecida e Quem é você, Alasca? - Teoremas da Mimosa | Cinderela Pop (autografado) - Leio na rede

Leio na Rede, Gaby Monteiro


a Rafflecopter giveaway

Leio na Rede, Gaby Monteiro


a Rafflecopter giveaway

Leio na Rede, Gaby Monteiro


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Agora é só torcer! Que a sorte esteja sempre ao seu favor!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Top 5: Livros sobre Nova York

Olá, leitores!
Acabei de voltar de Nova York e digamos que eu ainda esteja admirada com aquela cidade. Estava lembrando de como fiquei na maior dúvida para que livro escolher para ler no avião (acabei levando dois e dormindo o voo inteiro), já que queria algum relacionado com Manhattan, então pensando em você, futuro viajante, o Top 5 de hoje será sobre livros ambientados na Big Apple.


  • Como eu (quase) namorei Robert Pattinson
 

Nem sei bem se essa indicação é confiável, li a muito tempo, mas foi marcante! No livro, Duda, a protagonista, está de malas prontas para uma temporada de estudos em Manhattam. Tem resenha dele aqui no blog, que eu estava relendo agora e digamos que a Duda de 2015 resenhe melhor que a Duda de 2012, e você pode conferir clicando  aqui, assim como uma entrevista com a autora clicando aqui.
  • Percy Jackson e os olimpianos

Olimpo no Empire State, guerra no Central Park, acampamento de semi-deuses em Long Island. Creio que não precise falar mais nada.

  • Instrumentos Mortais

Entrar em uma balada cibernética no SoHo e se deparar com alguém matando um demônio, quem nunca, né? 
  • Sociedade Secreta: Rosa e Túmulo

Ok, é marmelada porque o livro tecnicamente não se passa em NY, mas quando eu estava na cidade visitei a Columbia University, uma universidade da Ivy League (que é maravilhosa por sinal, anota ai na última folha da agenda: Ainda vou estudar lá) e lembrei muito de Sociedade Secreta!

  • Sorte ou Azar

Nada mais americano que Meg Cabot, por isso ela não poderia faltar nessa lista! Sorte ou azar é um dos melhores livros da autora e é ambientado em NY, já que a protagonista deixa Iowa para tentar a sorte (literalmente) na casa dos tios na cidade que nunca dorme. Há outros da autora que se passam em Manhattan, se quiserem procurar, creio que Diário da Princesa, mais deve haver outros.

Agora, uma dica para você que está com viagem marcada, não perca mais tempo e assista Gossip Girl. a experiência não é completa se a cada limosine que passar no Upper East Side você não imaginar que é o Chuck e a Blair, sem tomar café da manhã na escada do Metropolitan e se sentir dentro da melhor série do universo. É isso ai, acabou meu ataque de fangirl. 
À todos que daqui a pouco entrarão num avião, boa viagem. À nós, meros mortais, boa noite. 

quarta-feira, 18 de março de 2015

Paixão sem limites - Abbi Glines

Olá, leitores!
Desculpe a ausência, tenho estudado como uma louca, acho que minha vida só vai se regularizar em Maio, mas não deixarei vocês na mão, vou tentar programar posts e fazer o possível para que o blog continue com o ritmo de sempre! 
Bom, a resenha de hoje é sobre "Paixão sem limites", um livro que tornou-se um dos meus queridinhos!



  O livro conta a história de Blaire, uma jovem que após perder a mãe devido ao câncer e ser obrigada a vender a casa em que moravam para pagar as despesas médicas, engole seu orgulho e pede ajuda a seu único parente vivo: seu pai, que a deixou faz três anos para viver na costa da Flórida com uma nova família podre de rica. A garota deixa o Alabama para trás carregando uma mala e dirigindo uma velha picape. Mas quando chega à Rosemary tem uma surpresa: Seu pai e sua madrasta embarcaram para Paris enquanto a casa está sob controle de Rush, o filho de Georgianna, esposa de seu pai, com um astro do rock. O plano de Blaire era permanecer em Rosemary até se estabelecer financeiramente e alugar um apartamento, mas ela não tinha nenhuma noção do que lhe aguardava.
  Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por eu ter lido quando a continuação já havia sido lançada, porque acho que me mataria se tivesse que esperar para saber o que aconteceria em seguida!   Confesso que andava meia desestimulada com minhas leituras, nada me agradava na livraria, nem na estante... Até que peguei "Paixão sem Limites" para ler e foi a cura para uma das maiores ressacas literárias que já tive!
  É um livro maravilhoso para os fãs de romances, ou melhor, de YA's em geral! Só não recomendo para todos porque tem umas cenas pesadas o que acaba restringindo a faixa etária.
 Com uma vibe The OC, o livro é bem fininho e leve portanto dá para intercalar com uma rotina atarefada, o que caiu como uma luva para mim. 
 "Paixão sem Limites" parece uma fanfic, mas isso não é uma crítica, na verdade, eu gosto de livros assim! O título é meio cafona e sessão da tarde feelings, mas a diagramação está lindíssima e vale muito a pena dar uma chance pelo conteúdo do livro em si! 
 Eu estou lendo a série por ebook, mas pretendo terminar minha coleção com os livros físicos futuramente. Pesquisando um pouco descobri que há outros romances protagonizados por personagens que aparecem na trilogia, o que me deixou muito empolgada! E o melhor de tudo: A Arqueiro confirmou que todos serão publicados no Brasil, alguns inclusive já foram lançados!
Uma dica: Não percam mais tempo, leiam imediatamente! 


domingo, 1 de março de 2015

Promoção - Caixinha da Novo Conceito

A gente sabe que todo mundo já quis ganhar uma caixa da Novo Conceito com os lançamentos do mês, por isso, o Romances & Sonhos junto com 6 blogs se uniram e iremos presentear um leitor com esse sonho ;) . Serão 8 livros (os lançamentos do meses de janeiro/fevereiro da editora) para você concorrer e quem sabe se dar bem.
Para participar basta preencher o formulário, divulgar e claro torcer muuuuiiiiittttttoooooooo.


REGRAS:

- Ter endereço de entrega no Brasil;
- Sorteio será realizado pelo aplicativo Rafflecopter – para se logar nele basta usar uma conta de email ou o facebook, algumas das entradas são obrigatórias e outras não, porém quanto mais entradas tiver, maior a chance de ser sorteado;
- A promoção vale de 01/mar/15 até 31/mar/15;
- Todas as regras serão conferidas;
- Cada blog irá enviar o livro prometido;
- Os blogs têm até 40 dias para envio do livro, após a realização do sorteio;
- Os vencedores deverão entrar em contato via email ‘monpetitpoison@gmail.com’ informando seus dados pessoais para entrega, após a divulgação do resultado, o prazo para entrar em contato é de 03 dias. Todos os blogs participantes irão anunciar os vencedores no aplicativo/post da promoção;
- Os blogs não são responsáveis por extravio, roubos ou perda ocasionada pelos Correios ou reenvio em caso de endereço incorreto;

KIT CAIXA DA NOVO CONCEITO:

- Boa Noite, Estranho (Romances & Sonhos)
- Três Dias Para Sempre (S2 Ler)               
 Reino Secreto de Todd (De Cabeça Para Baixo)       
- Diário de um Adolescente Apaixonado (Mon Petit Poison)
- Eu Fico Loko (Mon Petit Poison)
- As Cores do Entardecer (Leituras e Fofuras)
- Quando um Homem Ama uma Mulher (Drafts da Nica)                   
- Tudo Que um Geek Deve Saber (Diário Digital da Duda) 


a Rafflecopter giveaway

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Diário de um adolescente apaixonado - Rafael Moreira

Olá, pessoal!
(Primeiramente, Unidos do Feriado Prolongado: Nota - 10.)
A resenha de hoje é sobre um livro que eu li por ser bem rapidinho e para me curar dessa ressaca literária, Diário de um adolescente apaixonado, publicado pela Novas Páginas (selo da literatura brasileira da Novo Conceito).

                                                       

O autor do livro é um youtuber no auge de seus 17 anos. Eu não fazia ideia da existência dele, mas se a capa do livro diz que ele é famoso, quem sou eu para discordar, não é mesmo? É um livro de curtas crônicas sobre temas diversos desde bullying até crise hídrica. 
Eu concordo com a maioria das opiniões do Rafael, na verdade, acho que ele deve ser um menino de ouro (estou falando que nem minha bisavó, só faltou lançar um "brotinho" no meio). Comecei a simpatizar ainda mais com ele com seu texto sobre o movimento "Eu escolhi esperar". Mas como escritor, não funcionou. Quer dizer, não é que ele escreva mal, mas acho que sua narrativa ainda tem muito o que amadurecer, não estava no momento de lançar um livro.
Além da diagramação ser de extremo mal gosto. Quando eu leio um livro, quero ler as palavras do autor já quando eu assisto à um vídeo no Youtube quero vê-lo. E acho que confundiram isso. TEM IMAGENS DO AUTOR PARA COLORIR NO EXEMPLAR INTEIRO. Irritou-me um pouco. Soou narcisista e cafona. Erraram feio, erraram rude nessa diagramação. 
É um livro leve e rápido, mas nada demais e com crônicas fraquinhas. Para esse gênero recomendo a Martha Medeiros e a Paula Pimenta. 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Ashes to Ashes - Han e Vivian

Olá, leitores! 
No meio dessa correria que anda minha vida, terminei em uma dessas madrugadas Ashes to Ashes, o volume 3 da série Burn to Burn. Ainda não lançou no Brasil, eu li em inglês mesmo, pois não aguentei esperar! Eu farei um post dando dicas para quem quer começar a ler livros em inglês, já que eu também não sou fluente no idioma e consegui entender tudo perfeitamente. 
* Essa resenha contém spoilers dos livros anteriores, então, se você ainda não leu, pare e pare agora.


Após as revelações bombásticas do final de Dente por Dente, o livro inicia com todos ainda muito abalados com a morte de Rennie, estão no último ano do ensino médio e sofrem as pressões que o "terceirão*" trás consigo. Lilia está se sentindo culpada tanto pelo o que aconteceu com Rennie quanto o que seu romance com Reeve pode significar para Mary, que anda sumida desde a noite de ano novo. Kat está focada em conseguir uma vaga em Oberlin e mudou muito desde o primeiro livro. Elas deixaram de lado a identidade vingativa, estando Rennie falecida, Lilia tendo um caso com Reeve e Alex, nem elas mesmas entenderam porque queriam vingar-se dele. Exceto Mary, que quer vingar-se de todos eles. Reeve, seu antigo bullie e as amigas, que a traíram.     
Vou começar essa resenha com um apelo: Novo Conceito, publica logo esse livro. Eu já estava ficando doida com o cliffhanger do segundo volume da série, o último até agora lançado no Brasil. 
Eu sou uma louca apaixonada por essa série. Na minha opinião, uma das melhores young adults. E esse último livro não decepcionou, seguiu o mesmo padrão dos livros anteriores. A história foi muito bem costurada, nenhum capítulo era em vão. Todos tinham algo importante para o decorrer da história. 
Minha personagem predileta é a Lilia e obviamente sou Leeve shipper então o epílogo foi um facada, daquelas que espirra sangue para todos os lados, mas eu achei que foi uma boa conclusão da trilogia. Afinal, a vida é assim. Composta de fases. Tudo muda e termina. O período em que a série se passou era passageiro, só uma pequena porcentagem da vida daquelas pessoas de papel. Doeu, é claro que doeu, mas eu achei digno e bem pertinente, então eu sorri e superei. Não foi como se as autoras tivessem "jogado tudo pro alto" como li em alguma resenha por ai, pelo contrário, elas armazenaram os episódios da série nas lembranças dos personagens, assim como nas nossas. O que fez o livro parecer real, o que fez a série parecer eterna. Como se eu estivesse aqui escrevendo essa resenha no mesmo momento que a Lilia está visitando seus pais em Boston.
Recomendo esse livro assim como toda a série, para quem ainda não leu porque está esperando chegar ao Brasil, tenho um recado para vocês: Vale a pena a espera. 
O nível de inglês desse livro é bem fácil, sem muitas palavras rebuscadas. Quando eu comprei fui na cara e coragem, nem consultei para ver se tinha uma escrita mais difícil, porém tudo deu certo!
Ministério da Leitura adverte: Esse livro pode gerar uma ressaca literária. Até agora, um caso foi confirmado.    

* Nos USA, o high school começa no 9° ano daqui, digamos, então é errado dizer "terceirão", o correto seria "senior year", mas eu adaptei para que todos pudessem entender.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

O menino do pijama listrado - John Boyne

Olá, leitores! 
A resenha de hoje é sobre um livro que já tinha ouvido falar, mas nunca realmente tive curiosidade até ser um dos livros complementares da escola esse ano. "O menino do pijama listrado" do John Boyne publicado pela Editora Seguinte, um dos selos da Companhia das Letras. Presumo que essa resenha não chegue aos pés do que a obra merece, mas vou me esforçar para passar para vocês meu deslumbramento a respeito desse livro. 

O Menino do Pijama Listrado

Passado-se na época da Segunda Guerra Mundial, "O menino do pijama listrado" conta a história de Bruno, um menino de 9 anos que é obrigado a deixar Berlim, onde morava numa casa de cinco andares, por conta do emprego do pai e viver num lugar triste e solitário chamado Haja Vista, bem diferente da capital da Alemanha, seu antigo lar, onde as pessoas eram mais felizes. Até que Bruno, explorando o lugar, encontra uma cerca. Uma cerca que mudará sua vida para sempre. 
Essa sinopse foi bem genérica, porque acho que a graça do livro é descobrir o que está acontecendo ao decorrer da história. Eu, por exemplo, não sabia nada sobre a trama quando peguei para ler e achei que foi uma experiência bem interessante captar o que estava ocorrendo junto com o protagonista. 
Bom, o livro é 8 ou 80. Ou você ama ou odeia. Felizmente, funcionou muito bem comigo. Achei simplesmente sensacional. Vi algumas pessoas reclamando alegando que Bruno é um personagem chato, mas eu o achei uma criança encantadora e amei o fato do livro ter sido narrado por uma ótica tão inocente. 
Com a mensagem que o livro transmite lembrei de um discurso muito bonito do Nelson Mandela: "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela sua cor de pele, sua origem ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se elas podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente no coração humano que seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta." E isso cabe muito bem no contexto de "O menino do pijama listrado" e não é à toa que a Bíblia diz para sermos como as crianças.  
Super recomendo esse livro, na verdade, é uma leitura obrigatória! Tornou-se um dos meus prediletos e não é por nada que é um sucesso pelo mundo todo. Realmente, esse reconhecimento é mais que merecido. 

sábado, 31 de janeiro de 2015

Ai, meus deuses - Tera Lynn Childs

Olá, leitores!
A resenha de hoje é de um livro para aqueles que sentem saudades de Percy Jackson. Não que a história em si seja igual ou coisa parecida, mas também aborda esse tema de ''mitologia grega nos tempos de hoje". "Ai meu deuses" da Tera Lynn Childs publicado no Brasil pela Galera Record.


Phoebe não pode estar mais contente, acabou de ganhar uma importante corrida e com isso seu nome está sendo considerado para uma bolsa integral na universidade que ela sempre sonhou, a USC, quando sua mãe, que acabou de voltar de férias na Grécia, lhe dá a notícia de ela está noiva de um grego e por conta disso irão morar em uma ilha no meio do mar Egeu.
Phoebe irá frequentar a escola onde Damian, o noivo da mãe, é diretor. Mas o que ela não esperava era essa escola ser exclusiva para descendentes dos deuses gregos e que cada aluno era provido de poderes sobrenaturais. Exceto ela, é claro! A única kako, ou melhor, "sangue ruim" da escola. 
Antes de começar a resenha gostaria de primeiramente comentar: Diana Cordeiro, você está de parabéns! Que capa maravilhosa! Super fofa e tudo a ver com o livro! Mil vezes melhor que a lá de fora! Quando eu escrever um livro, quero que você faça o design da capa.
Elogios à parte, o livro é um infanto juvenil, então pressupõe-se que não será super profundo, rebuscado e de um elevado nível intelectual. Não, mas eu me diverti muito com a leitura e, como já comentei outras vezes, devemos julgar um livro observando seu público-alvo que no caso são meninas mais novinhas.
A história não mostrou muito bem os deuses gregos, na verdade, eles eram citados apenas para distinguir os grupinhos da escola. O que estava mais em evidência eram os poderes dos alunos, porém mesmo assim a escola não tem nada de Hogwarts, parece um ensino médio americano normal.
É um livro encantador, daqueles ideias para relaxar. A narrativa de Tera é super bonitinha, o livro é na primeira pessoa, entretanto não ficou algo cansativo, pelo contrário, adorei a narração de Phoebe. A história em si é bem simples e fluida. Os capítulos são bem extensos, todavia são lidos rapidamente, quando você se dá conta, o livro terminou.
Percy Jackson é um livro melhor e, digamos, mais rico na cultura mitológica além da história também ser mais interessante, mas gostei muito de "Ai meu deuses!", dei 4 estrelas e serviu muito bem para mim que mal leu "Sangue do Olimpo" e já está querendo visitar o Acampamento meio-sangue novamente. 

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Top 5: Livros que quero que sejam lançados no Brasil

Olá, leitores! 
Hoje estou aqui com o primeiro Top 5 do ano! Dessa vez, sobre os livros que eu quero muito que sejam lançados aqui no Brasil! 
Só entrou na lista livros internacionais, alguns deles, na verdade acho que a severa maioria, já foram lançados lá fora só que por algum motivo não tem previsão para chegar nas terras verde-amarela. 
  • Ashes to Ashes (Jenny Han e Siobhan Vivian)
É o terceiro da série "Burn to Burn", os dois primeiros foram publicados no Brasil como "Olho por Olho" e "Dente por Dente" pela Novo Conceito e creio que esse volume será traduzido como "Fogo por fogo".
Eu recomendo muito essa série. Uma das minhas prediletas da vida! Eu só li os dois primeiros, mas hoje chegou o exemplar em inglês que encomendei pelo Book Depository! Minha edição é em paperback porque eu escrevo nos livros em inglês, a tradução das palavras ou expressões que eu não sei e eu iria ficar com muita pena de fazer isso em um hardcover, além de ser mais caro. Quero muito que seja traduzido para que todos tenham acesso! 


  • Broadway Lights (Jen Calonita) 

É o quinto livro da série "Segredos de minha vida em Hollywood", uma das minhas queridinhas que merecia muito mais divulgação aqui no Brasil. Creio que será traduzido como "Luzes da Broadway".
Quando estava terminando "Princesa Paparazzi", o quarto livro, estava chorando litros simplesmente por achar que aquele era o final da série, mas depois fui descobrir que ainda tem livros que não foram traduzidos e fiquei extremamente feliz. Ainda não consegui comprar o exemplar em inglês (duvido bastante que a Galera traga-o para o Brasil, o que é uma pena, pois as capas brasileiras dessa série são muito mais bonitas que as lá de fora), mas vi que estava numa promoção por 3 dólares no Amazon e pretendo comprar, se não pela internet, quando eu viajar.  

  • Isla and the happily ever after (Stephanie Perkins)

Não é segredo para ninguém que eu amo "Anna e o beijo francês", meu romance predileto de todos os tempos! Então, imaginem o que eu estou passando desde que soube que "Isla and the happily ever after" ainda não tem previsão para chegar ao Brasil? (Tempos difíceis, meus caros) Ok que eu não achei "Lola e o garoto da casa ao lado" tão bom quanto o romance de estreia da autora, mas o livro da Isla tem tudo para ser simplesmente perfeito! 
Já encomendei pelo Book Depository porque simplesmente não conseguirei esperar, mas ainda não chegou aqui em casa. Achei essas novas capas maravilhosas e espero que a Novo Conceito quando lançar esse livro já com a nova capa faça jackets como fez para "Estilhaça-me" e "Liberta-me", mas como são super queridos creio que farão. O título em tradução livre seria "Isla e o felizes para sempre"




  • Goddess Boot Camp (Tera Lynn Childs)
Eu adorei "Ai meus deuses" (não sei quando farei de fato esse post, mas dependendo de quando for postado eu já terei feito a resenha) e estou muito ansiosa para o segundo volume. Sinceramente, não sei se a Galera trará para o Brasil, pois novamente eles não deram a visibilidade necessária, mas espero, do fundo do meu coração que tragam, pois que recuso a ler um exemplar com essa capa sendo a de "Ai meu deuses" brasileira tão maravilhosa. 


  • The Heir (Kiera Cass)
Obviamente não poderia faltar "A herdeira" o próximo livro da série "A seleção". Se não me engano, será lançado em maio, mas para nós, fanáticos pela série, a data ainda está muito distante! Não temos o que falar da "Seguinte", deu a atenção que o livro merecia e não é a a toa que é um sucesso. A capa está lindíssima e eu estou contando os dias para devorar o meu exemplar. 

 

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Um herói para ela - Lu Piras

Olá, leitores!
Hoje estou aqui para resenhar "Um herói para ela" da Lu Piras publicado pela editora Novo Conceito, nossa parceira.


 Bianca está insatisfeita com seu trabalho como advogada e sem perspectivas para um futuro melhor. Se envolvendo com cada vez mais caras errados, sua vida vai de mal a pior. Até que um dia, seus pais inscrevem secretamente um dos roteiros que ela escrevia como hobby em um concurso valendo uma bolsa para nada mais, nada menos que a New York Film Academy.
Vencedora do tal concurso, Bianca faz as malas e parte rumo a Big Apple. Dividindo a casa por dois meses com outra brasileira, Mônica e uma russa, Natalya, Bianca corre atrás do seu sonho de ser uma roteirista. No meio disso tudo, um homem misterioso com uma estranha tatuagem cruza seu caminho, salvando-a de diversas situações. Até que ela descobre a verdadeira identidade desse herói e sua vida que já estava tão diferente do habitual, vira de cabeça para baixo.
Iniciei a leitura desse livro primeiramente porque a sinopse me deixou bem curiosa e depois porque passa-se em Nova York e, como estarei lá em abril, seria um bom livro para atiçar essa ansiedade natural de quando tem uma viagem marcada. 
Tenho sentimentos bastante conflituosos sobre esse livro, mas vou tentar me expressar da melhor maneira possível!
Primeiramente, é um bom livro. Não deixa de ser. A ambientação do livro é sensacional, a autora fez uma ótima pesquisa. As colegas de apê da protagonista são super bem construídas e divertidas, dão um charme a mais para o livro, tanto Natalya quanto a Mônica. Gostei também das partes do voluntariado, fiquei bem tocada com a história do Big John. 
O que me desagradou foram os protagonistas e a narrativa o que está bem interligado entre si. Bianca é uma personagem insuportável. Na verdade achei que esse livro teve um grande "complexo Twilight" que nada mais é que um homem perigoso, misterioso e dominador que se apaixona pela garota fraca, chata e sem graça. Acabei de definir Salvatore e Bianca. Além dos dois não terem química, o livro é cheio de clichês dos romances. 
Eu gosto de romances que eu feche o livro suspirando e isso não aconteceu com "Um herói para ela". A história foi muito caricaturada, um romance fantasioso com cenas fantasiosas não só porque isso nunca iria acontecer na realidade, porque essa é a graça dos romances, mas cenas que são muita viagem da autora que tornam-se até difíceis de imaginar. Parece que algumas dessas cenas vieram direto de "Maria do Bairro" ou de um filme fajuto.
Já a narrativa é na terceira pessoa, mas a autora ficou filosofando, querendo romantizar tudo que deu vontade de pular algumas partes apenas pelo fato de preservar minhas taxas de glicose.
A diagramação está super bonita por mais que eu não tenha gostado dessas pessoas na capa, o restante ficou super harmônico e as folhas tem uma textura super gostosa.
Não é o melhor romance que eu já li, na verdade acho que as obras da autora ainda tem muito que amadurecer. Dei 3 estrelas, não odiei o livro, não foi uma leitura pesada na qual era um martírio ler, mas acho que há romances muito melhores para os que procuram. (Acho que farei um top 5 a respeito disso). Conheço pessoas que amaram a obra e ela em si eu até gostei, mas o romance realmente não funcionou comigo.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Simplesmente acontece - Cecelia Ahern

Olá, leitores!
Esse ano estou tentando resenhar logo que termino o livro e por enquanto está está funcionando! Terminei "Simplesmente acontece" nessa madrugada e estou radiante até agora. Eu já estava bem interessada quando chegou aqui em casa na caixinha da Novo Conceito (<3), mas estava esperando o filme estar mais perto para poder controlar melhor ansiedade, mas quando as meninas do intercâmbio e a própria Paula Pimenta recomendaram que realmente tomei a iniciativa de iniciar a leitura. 


O livro acompanha a vida de Alex e Rosie, amigos de infância daqueles inseparáveis, mas eram sempre separados pelas circunstâncias. Alex se muda para outro país e nenhum deles sabe muito bem se a amizade sobreviverá a distância, mas o que era improvável se torna possível e eles continuam mantendo contato com a mesma intimidade de antes. Ao decorrer dos anos, a vida de cada um deles vai seguindo um rumo totalmente diferente e frenético. Ele, um cirurgião cardiologista. Ela, correndo atrás de seu sonho de ser gerente de hotel. É uma história sobre amor, amizade, erros, acertos e vida, como ela passa rápido e precisamos pensar em nós, não atrasar nossa felicidade. Eu acredito que tudo acontece por uma razão, nos livros a razão é que a autora quis assim, mas os desencontros de Alex e Rosie todos eles tinham algum motivo, assim como também é em nossa vida real. Seu namorado te deu um pé na bunda? Melhor assim. Não temos consciência do futuro às vezes o destino que parecia certo para nós nada mais é que o caminho que nos levará a uma tristeza ou sofrimento. Dê glória a Deus por ele ter te largado ainda em período de namoro não no altar ou com filhos para criar. E por ai vai, mas isso é assunto de um crônica, vamos voltar a resenha. 
O livro é narrado em formas de emails, bilhetes, cartas e cartões postais, o que eu achei sensacional. Tem vários livros com esse formato de narrativa, eu nunca havia lido, mas gostei muito. é claro que às vezes sentimos falta de uma narrativa, mas acredito que tiraria metade da graça do livro. 
É aquele típica obra que você não consegue largar até chegar ao fim. Li em dois dias e, quem tem em casa ou já viu na livraria sabe que é um trambolhão. Eu estava muito curiosa para saber como aquilo tudo ia acabar e o fim não me decepcionou. 
A trama me irritou um pouco, confesso. Os desencontros do casal protagonista  foram exagerados e fez a história parecer forçada algumas vezes. Pareceu que a autora queria encher linguiça para aumentar o número de páginas. Ok que eu adorei o final e achei justo que tudo fosse levado até aquele momento, mas poderia ter sido antes, bem antes. Mas é um livro de escrita leve que ainda sim eu recomendo muito. Só da umas raivinhas aqui e ali, uma vontade de dar uma voadora tanto na Rosie quanto no Alex, mas a gente supera. 
O livro é maravilhoso, com reflexões ótimas e recomendo muito para os fãs de romance de plantão. O filme, se não me engano, será lançado em março e enquanto não podemos assistir a história de Rosie (Lily Collins) e Alex (Sam Claflin) nas telinhas, está ai o trailer para deixa-los tão ansiosos quanto eu:     


sábado, 17 de janeiro de 2015

360 dias de sucesso - Thalita Rebouças

Olá, leitores!
Estou aqui nessa madrugada quente de - checa no celular - domingo (quando você está de férias perde a noção de data, relevem, queridos) para fazer uma resenha de um livro que acabei de terminar: 360 dias de sucesso da Thalita Rebouças. 


É um livro de ficção que narra a história de uma banda carioca, jovem e que estourou rapidamente pela perspectiva de Gualter, o baterista do tal grupo musical mencionado. Nos envolvemos com a história de Mari, Theo, Pedro, Gualter e Pá que eram jovens com um único desejo: fazer música. Mas o que era antes um hobby passou a ser para valer. O grupo fez um sucesso repentino. Mas tudo que vem fácil vai fácil e nesse livro acompanhamos a trajetória desses adolescentes que em questão de meses se tornaram uma revelação nacional.
Vi muitas críticas brabas sobre esse livro e não entendi o motivo do ódio. É claro que não é um livro cabeça que nos faz repensar nossos ideais e filosofias, é um livro para adolescentes e pré adolescentes. Thalita Rebouças pode não ser Dickens, Austen ou Machado de Assis, mas ela escreve livros juvenis e é muito boa no que faz. Temos que analisar um livro visando seu público alvo. É claro que uma mulher de 40 anos achará pobre, mas tenho certeza que minha prima de 10 anos vai curtir a beça. 
Já eu? Bom, tenho 13 anos e faço parte do público alvo do livro. Gostei da obra. Na verdade, fiquei grudada até a última página. É um bom passatempo. Um livro despretensioso e rápido que se lê em um piscar de olhos. Confesso que achei corrido até. Um livro objetivo, de fato. creio que seja por conta do público alvo, adolescentes e pré adolescentes que não teriam paciência de ler um livro maior ou quem sabe que enrolasse mais. Achei meio pobre, confesso. Mas estava com saudades da escrita meia doidinha da autora. 
Os personagens são muito reais. Na verdade, pude ver Theo e Pedro nos meninos da minha escola, por quais eu sou apaixonada por sinal, e o fato do livro quase se passar em meu espaço vivido, fez a leitura ficar ainda mais próxima a minha realidade. 
Para a experiência ser completa, acho que todos que lessem esse livro deviam baixar, logo depois, "Fiquei com um famoso", um ebook curtinho e sem custo que a editora disponibilizou. Eu li no iBooks. Não que tenha algo demais, é um conto de 11 páginas (mas, no caso do iPhone, 11 páginas tornaram-se 55). 
Recomendo para todos os mais jovens e aqueles que querem uma leitura rápida, despretensiosa e ideal para o verão. 

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Orla

Estou passando uma semana na casa de veraneio da minha bisavó Ige, na região dos lagos do Rio de Janeiro. Eu sempre gostei da cidade grande e suas mil e umas maneiras de fugir do tédio, mas estou impressionada com o fato que nessa cidadezinha pacata onde o 3G não dá sinal de vida eu esteja ocupando meu tempo de uma maneira bem mais produtiva que na tal cidade grande. Os passeios de uma metrópole são muito urbanos.  Já aqui pude admirar a grandiosidade da natureza.
Começando pelas estrelas. No céu daqui dá para ver constelações de tão estrelado. Ontem acabou a luz aqui no condomínio, mas quem precisa de luzes artificiais quando se tem aquela lua? Tão baixa, tão grande, tão brilhante que fazia sombras. O céu tão amplo, sem nenhum edifício para atrapalhar sua magnitude. A brisa, leve de praia, sem nada para ficar em frente aos seus percursos. O vento aqui é livre. E o som do mar contrastando com o canto das cigarras. 
Parece que a natureza aqui é mais feliz. Aqui pode dar seu show. Na cidade grande cada um está tão preocupado com suas próprias vidas, resolvendo seus próprios problemas que a lua se sente inútil, o vento não é tão verdadeiro e as estrelas nem se dão o prazer de aparecer. Nossas luzes as ofuscam. O ser humano calou as estrelas. 
Por essas e mais algumas gosto daqui. A natureza também gosta mais daqui, como se ela tivesse sido criada para um lugar como esse, que as pessoas dão valor ao seu esplendor. Não a um lugar que cada um tem seu pedaço de céu. Suas janelas, suas vidas. Onde as árvores são apenas mais um detalhe inútil na calçada. Sinto que as árvores do jardim da Ige são mais felizes que as da minha rua, onde estão em um cubículo de terra no meio de uma selva de pedra. 

Domingo, dia 11 de Janeiro de 2015

domingo, 11 de janeiro de 2015

Fangirl - Rainbow Rowell

Olá, leitores!
Devido a uma virose que me derrubou, finalizei hoje a primeira leitura de 2015! Fangirl da autora Rainbow Rowell (que nome fantástico!) publicado no Brasil pela Novo Século. 


Cath é uma famosa autora de fanfics sobre Simon Snow, uma série de livros, e está iniciando seu primeiro ano de faculdade junto com sua irmã gêmea Wren que acaba seguindo um caminho diferente do da protagonista. Wren é festeira, já Cath é introspectiva, vive no dormitório e ainda está um pouco apavorada com a faculdade e tudo o mais. Seu núcleo social se resume a Reagan, sua colega de quarto, Levi, o amigo de Reagan, Nick, seu parceiro de escrita e a irmã.
Comprei esse livro por causa da autora, ela está sendo super elogiada por seu sucesso com "Eleonor e Park" e o conto dela em "O presente do meu grande amor" é bem divertido e entre os livros dela já lançados o que mais me chamou atenção foi "Fangirl" devido a sinopse, estava com expectativas bem grandes, porém o livro não funcionou comigo. 
Quer dizer, a narrativa da Rainbow é bem leve e gostosa e Levi é apaixonante, mas nas 420 páginas do livro não acontece nada. A autora não trabalha nenhum dos conflitos que lançou na trama, é um livro raso. Além de fazer muitas referências desnecessárias a uma obra que não existe o que acabou quebrando o ritmo da narrativa. Confesso que pulei todos os trechos de livros do Simon Snow e da fanfic de Cath e não senti falta de nada, até porque isso foi só para encher linguiça, só pode. 
É um livro fofinho, mas ainda não consegui entender o objetivo dele, até porque não me acrescentou nada. Além do final ser super corrido e ainda deixar dúvidas como se a autora tivesse com prazo estourando para entregar a obra para a editora. 
Os únicos pontos positivos é que a autora constrói muito bem os personagens, é fofinho (inho, inho) e a diagramação é linda, mas não agrega valor nenhum (ao camarote).
Não recomendo, mas darei oportunidade aos outros títulos da autora, até porque ela tem potencial para escrever algo melhor.