domingo, 8 de abril de 2018

Crescer

Quando, ainda criança, diziam-me que a vida passava rápido demais
Eu assentia descrente 
Já que quinta-feira, dia da festa da Mariana Barbosa parecia estar anos-luz distante. 
Mas o esperado evento enfim chegou.
Assim como uma infinidade de outras quintas-feiras. 
Recordo-me de contar quantos anos restavam até minha formatura do colégio. 
Com meus amigos.
Em um recreio. 
Com as lancheiras lotadas de bolinho Ana Maria.  
Faltava uma uma eternidade. 
Hoje, esses amigos tornaram-se desconhecidos íntimos. 
Infelizmente, não usamos mais lancheiras. 
E o ano enfim chegou.
Meus tempos de escola estão se esgotando. 
Entretanto, tudo que aprendi ao decorrer da jornada permanecerão comigo. 
Lições de história, geografia, literatura, sociologia, biologia
E aquelas que estão fora das apostilas: 
Sociabilidade.
Arte. 
Imaginação.
Nos palcos, tive o prazer de dançar como a Noviça Rebelde
Ser a própria Bela em seu vestido amarelo.
E abrir meu coração por meio de poesias.  
Hoje, ainda criança, digo que a vida passa rápido demais. 
Talvez não nos sintamos preparados para a nova fase que está por vir. 
Mas estamos.
Talvez nos sintamos uma gazela na savana africana que é o mundo real. 
E somos. 
Mas um dia, eu sei, seremos tão fortes, capazes e justos quanto os leões.  

Domingo, 8 de abril de 2018

Um comentário:

  1. Me lembro como se fosse ontem de te ver nos palcos cantando “dó, é pena de alguém, ré, eu ando pra trás...”, de te ver no vestido amarelo fazendo o papel da minha princesa favorita. De você me contando que tinha um blog e deixando o meu do jeitinho que eu queria, que infelizmente me falha a memória quanto ao nome, mas que me enche os olhos só de pensar nos brilhos que passavam pela tela graças a você. Lembro também da primeira vez que fui webinfluenciada na vida, comprei Fazendo Meu Filme graças à indicação desse mesmo blog. Como se não bastasse, lembro do dia em que eu fui embora, e também do dia que voltei, bem, mais ou menos. Entrei na sala e te abracei como se minha vida dependesse disso, e meio que dependia.. você não sabia e nem tinha como saber, mas aquele foi o pior ano da minha vida, cujo eu só lembro com alegria quando associo a essa minha visita. É, o tempo passa realmente rápido e muitas vezes sequer espera adaptação da nossa parte, é meio louco pensar que já estamos no fim da trajetória que durou uma vida, estou nisso desde que me entendo por gente. Bem, esse desabafo(?) deve ter ficado confuso e desconexo, mas é só porque é assim que saiu do coração, sem muito pensar, todo mundo merece uma folga do terceiro ano. Boa sorte com tudo, Duda.

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